segunda-feira, 26 de outubro de 2009

TIPOS DE TEATROS:

Existem várias formas de teatro, entre elas o teatro de máscaras, de fantoches, de varas, de sombras e a pantomima, esses tipos são ricos em qualidade e em materiais utilizados, pois podem ser feitos com material reciclado, assim como material comprado, mas é muito visto e é recomendado pedagogicamente que o professor utilize material reciclado, para além de trabalhar as questões do conteúdo da peça, irá trabalhar os aspectos ambientais e sociais com as crianças.




• Teatro de Fantoches

As brincadeiras com fantoches permitem que a criança desenvolva a expressão oral e artística, pois os bonecos levam a criança sempre ao mundo da imaginação e do faz-de-conta.
Já os alunos maiores (geralmente do ensino fundamental), usam o fantoche para expressarem seus pensamentos de uma forma mais livre. Contam suas ações, seus desejos, aventuras, reproduzem fatos e histórias lidas e ouvidas do seu dia-a-dia.
O teatro de bonecos também estimula a criança a desenvolver a potencialidade da voz porque de acordo com o personagem representado, a criança pode falar grosso, fina, imitar sons de bichos, de elementos da natureza como, por exemplo, chuva e trovoadas, abrindo momentos lúdicos e sensórios. Elas começam a adequar a voz às diversas situações aliando o ritmo vocal ao gestual.
A criança ao ouvir aos mais diversos sons, ela provavelmente ouve com mais interesse o que os outros falam. Isso faz com que ela perceba a musicalidade de uma canção e o seu ritmo, sendo considerado um fator fundamental na educação da audição (sensorial).
Outro fato é que os bonecos confeccionados pelos alunos, mesmo que o professor participe da confecção, são mais adequados para o aprendizado do que os comprados prontos, pois quando eles mesmos criam os fantoches, passam a gostar mais deles unindo neste momento, três aspectos da educação: a expressão oral, a plástica e as emoções vivenciadas anteriormente.


Para a confecção dos fantoches é utilizada vários tipos de material inclusive sucata, que pode ser um recurso muito bem aproveitado e sem custos para o professor e para a escola, pois pode ser trazido pelos próprios alunos, o que tornaria a atividade de confeccioná-los ainda mais interessante.

Tudo poderá ser aproveitado. Tachinhas, fita crepe, latas, sacos, durex, esparadrapo, rolos de papel higiênico vazios, tintas, etc. Outro recurso é utilizar as próprias mãos como fantoches, não necessitando de um material elaborado. Basta desenhá-lo na própria mão com caneta esferográfica, carvão, tintas especiais, etc. O uso de várias cores tornará os bonecos mais alegres. Podem-se acrescentar acessórios às figuras enfeitando as mãos e os dedinhos das crianças. Como exemplo, lã, chapéu, meias, penas, etc. Outros tipos também são muito utilizados como mãos com luvas, costas das mãos, fantoches de copinhos, de meias, de garrafas e até mesmo de galhos de árvores e flores.
O professor deve incentivar os alunos a explorar todos os movimentos dos dedos, mãos e braços, criando uma atmosfera do conhecimento do próprio corpo. Para isso, a utilização de músicas populares, folclóricas ou clássicas é fundamental para que o trabalho com o fantoche seja desenvolvido, além do diálogo, desenvolvido entre os participantes.


• Teatro de Varas

Este teatro é uma variação do teatro de fantoches. È considerado um fantoche de vara. Os bonecos são mais simples, mais baratos e de confecção mais fácil. Sua característica principal é ser sustentada por uma vara. Podem ser confeccionadas com cartolinas, bolinhas de isopor, de papel, colher-de-pau, palitos de churrasco, garfos vestidos com roupas de pano, palitos de picolé, copinhos de plástico sustentados por palitos.
O fantoche de cone é um tipo de boneco muito encontrado em feiras livres e circos populares, podendo representar uma figura humana ou um animal, geralmente sobre a forma de um palhaço ou pierrô. É uma variação do fantoche de vara, basta segurá-los pela vareta e dar-lhes o movimento de acordo com a situação.

• Pantomima

A pantomima pode ser considerada um jogo teatral que é realizado por cenas de ação dramática que se caracterizam por explicação da ação através do gesto. Podemos exemplificar essa afirmação através deste exemplo: a primeira atividade proposta foi a de arrumar uma casa; os elementos foram entrando e ordenando aos cantos da casa, e ao final cada um estava fazendo alguma coisa - ou lendo um livro, ou cozinhando, ou escutando música. A atividade do segundo jogo era colocar água num copo e bebê-la. Mas, assim que subiram mais jogadores ao palco estourou-se a disputa pela água. No terceiro jogo, a atividade era tocar um instrumento, e os jogadores subiam ao palco tocando cada um seu instrumento, até que um dos participantes regeu a orquestra, que passou a existir em função do estabelecimento de uma ordem mais ampla, fixando uma relação lógica da cena. Algo mais próximo ao jogo da atividade foi atingido quando um dos jogadores subiu ao palco e propôs atividades de “tecer”. Mas ainda que o grupo elaborasse uma cenografia, configurando uma oficina de tecelagem, na qual eram desenvolvidas as mais diferentes atividades, desde dobrar panos até crochê ou costura a máquina. Somente numa fase posterior, quando voltamos ao jogo da atividade, o grupo manteve o foco solicitado pelo jogo.
Quando o foco na atividade foi descoberto pelo grupo, houve seleção e detalhamento no gesto, o que provocou uma modificação na atuação. Em comparação com o primeiro momento, quando há disputa pela água gerava um clima quase frenético, demonstrando a preocupação de fazer alguma coisa no palco, o segundo revelava um relaxamento de tensão, o que favorecia o surgimento de ações improvisadas. As imposições individuais e a linearidade da narrativa cederam lugar à autenticidade do jogo.
Pantomima resume-se ao:

Uso de caricaturas,
Dramatização (exemplo: Charles Chapem);
Uso de características fortes sem uso de palavras,
Ás vezes tem um contexto social,
Usado muito em aulas de teatro,
Tem como objetivos: diversão, socialização, coordenação motora e aprender a usar o corpo como um todo.
Teatro de Máscaras


As crianças gostam muito de vestir máscaras, principalmente de super-heróis que elas vêem na TV. O importante é deixar que elas confeccionem as máscaras em sala de aula ou no pátio da escola.
Para a confecção, podem-se usar sacos de papel, cartolinas, tecidos, tintas, pratos de papelão, jornal, material de sucata, etc. Esta atividade não é difícil de ser executada e será prazerosa para as crianças, pois elas poderão representar uma história com um material que elas mesmas elaboraram, pois estarão criando e recriando à sua própria dialética.
O teatro de máscaras promove a recreação, o jogo, à socialização, melhoria na fala da criança, desinibirá dos alunos mais tímidos.
Quando o trabalho em aula exigir o uso da palavra, a máscara a ser utilizada é aquela que cobre os olhos e o nariz deixando a boca livre, permitindo que a voz saia clara, exibindo a sua expressão verbal. As crianças representando com o rosto oculto, se permitem viver o enredo dos próprios personagens e o cotidiano social a que pertence.


• Teatro de Sombras


Este tipo de teatro ainda é pouco conhecido no Brasil. É uma atividade muito divertida que estimula a criatividade da criança.
Para realizar o teatro de sombras é necessário ter como material: uma fonte luminosa, uma tela (ou um lençol bem esticado) e silhuetas para serem projetadas.
As lâmpadas indicadas são as de 40 ou 60 watts, transparentes, dentro de latas de óleo para possibilitar a concentração da luz.
A tela deve ser de um tecido totalmente branco e não transparente.
Como silhueta, pode-se usar fantoches de varas recortados em papel cartão, cartolina ou papel grosso. Pode-se também utilizar outros objetos. Os fantoches movimentam-se atrás do papel, projetando a sombra. As crianças ficam atrás do palco interpretando a história, participando na movimentação dos bonecos, além de poderem confeccionar o material do teatro.


Outra atividade relacionada ao teatro de sombras são as sombras feitas através das mãos onde se projetam com elas, as sombras numa parede, formando figuras de animais em movimento como abrindo e fechando as asas, a boca, mexendo as orelhas.
Cada aluno cria as mais diversas figuras, compara-as com as dos colegas, fala sobre as sombras projetadas.
O teatro de sombras proporciona o desenvolvimento da criatividade e da motricidade das mãos na criança, importante no período da pré-escola e da alfabetização.
Para que aconteça o teatro de sombras com as mãos, é necessário que o ambiente esteja escuro, iluminado somente com uma lâmpada ou uma vela acesa.




OS BENEFÍCIOS DO USO DO TEATRO NA EDUCAÇÃO


As técnicas do teatro têm forte papel no desenvolvimento das atividades com as crianças ou até mesmo os adolescentes, pois com elas propiciamos que eles desenvolvam suas capacidades intelectuais como: a criatividade, a espontaneidade, a observação, a percepção, o relacionamento social, inatas no ser humano, e que são estimuladas ainda mais com o teatro.
Além do mais a arte de interpretar, ou seja, o teatro tem papel importante na vida das pessoas, pois conforme a lei que o ampara e as demais formas de artes, eles representariam o centro de todos os processos biológicos e sociais do indivíduo na sociedade e que se constituem no meio para se estabelecer o equilíbrio entre o ser humano e o mundo nos momentos mais críticos e importantes da vida, portanto, o teatro como as demais artes têm papel fundamental no desenvolvimento do ser humano, pois lhe traz muitos benefícios, como servir como uma válvula de escape na vida, além claro de servir de entretenimento.
O teatro permite o compartilhamento do saber, das descobertas, das idéias, porque a encenação envolve tanto quem assiste quanto, principalmente, quem participa da peça, e que busca o entendimento do personagem, do contexto histórico, se for o caso de uma interpretação de uma obra ou fato histórico e/ou criação de uma história. Segundo Paulo Araújo, “o contato com a linguagem teatral ajuda crianças e adolescente a perder continuamente a timidez, a desenvolver e priorizar a noção do trabalho em grupo, a se sair bem de situações onde é exigido o improviso e a se interessar mais por textos e autores variados.” (Revista Nova Escola, ed. 170).
O teatro permite chegar ao ser humano de forma a tocá-lo no seu interior, deixando as marcas dos sentimentos expressados na peça teatral. Uma criança, por exemplo, consegue ter um aprendizado mais significativo vendo e participando de fatos, mesmo acontecendo em outras épocas, pois, o teatro permite essa vivência.
Dentro da sala aula o teatro é um recurso que possibilita infinitas formas de aprendizagem, podendo ser utilizado em todas as disciplinas além, das oficinas teatrais que se pode fazer dentro da escola. Com certeza o jogo teatral é um grande aliado do ensino-aprendizado, dando suporte para variadas construções desde âmbitos culturais até políticos, abrangendo todas as disciplinas, e nas escolas públicas há uma diversidade de crenças, de ideais, de realidades, de pluralidade, e é um dos melhores locais para se explorar, pois a troca de opinião possibilita uma enorme aprendizagem.
Conforme os estudos de J. Piaget, Vygotsky e Colem o teatro traz ao ensino vantagens no que diz respeito ao desenvolvimento cognitivo do aluno, na sua formação enquanto ser humano e o auxilia na perda de sua timidez, além de proporcionar as crianças o contato com as diferenças e com o trabalho em grupo, lhe ensinando o respeito à vez do outro, entre tantos outros benefícios de âmbito cultural e físico, pois com o teatro a criança desenvolve sua voz, seu olhar, seus gestos, movimentos, equilíbrio, flexibilidade, expressão corporal e verbal, ou seja, o trabalho com teatro além de ser prazeroso, é rico em benefícios à educação, e quem trabalha garante, não há quem não goste, pois sempre aprendemos e conhecemos melhor os alunos que estamos trabalhando.


ORIGEM DO TEATRO


Nos primórdios das civilizações primitivas, existiam crendices de que as danças e encenações eram favoráveis ao fortalecimento de poderes sobrenaturais para controle dos fatos do dia-a-dia, e utilizavam esses rituais para homenagear os deuses e os heróis da época, e na Grécia Antiga por volta do século IV a. Cesses ritual era em honra ao Deus Dionísio – deus do vinho e da alegria, até mesmo por se tratarem de cerimoniais com muita dança e festividade.
O teatro é uma das várias formas de artes que existem assim como a dança, e tem muitos fins, como o entretenimento, o simples prazer de exercer alguma atividade artística ou de expressão corporal e, por que não a educação, seja ela apenas cultural ou não.
No Brasil, a atividade de teatro no meio educacional se deu com os jesuítas que a utilizavam para catequizar os índios que aqui habitavam, e através dessa iniciativa a arte de interpretar começou a se dissolver nos ares da educação, sendo que hoje ele é utilizado para trabalhar as diversas áreas do conhecimento científico como a literatura, a história, o português, a língua estrangeira, a física e as demais áreas.
Essa arte tem um potencial de trabalho maravilhoso, pois além de trabalhar o corpo do aluno, ele age na mente e na alma deles, auxiliando suas relações, suas descobertas, sua postura entre outros.
Como vêem essa arte além de ser uma forma de cultura, serve como ferramenta para auxiliar na construção do conhecimento dos alunos, por seu estilo alegre e descontraído faz com que os alunos ao se prepararem para encenar ou ver uma peça de teatro, construa seu conhecimento de forma mais alegre e com bom humor, sendo assim o aprendizado será lembrado por mais tempo e como algo bom que aconteceu.








7 comentários:

  1. muito legal sua explicação

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  2. Gostei muito da sua esplicação

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  3. show de bola vou usar seu texto para meu trabalho de arte cenicas na faculdade faço Letras. obg super valeu

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  4. Muito bom vai me ajudar muito no Trabalho Obrigada!

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  5. otimo trabalho!!!
    parabens

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  6. muito bom, vai me ajudar no meu trabalho e no futuro valeuu

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  7. Muito bom esse conteúdo. vai ajudar muito meu projeto de artes. Excelente!

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