sábado, 17 de abril de 2010





A música de Jorge Benjor diz que "todo dia era dia de índio", lembrando que os índios que viviam no Brasil eram donos da terra quando ele foi descoberto. Mas em outra estrofe, Benjor lembra que "agora ele só tem o dia 19 de abril".
Essa data, 19 de abril, por sua importância histórica, passou a ser o Dia do Índio, em todo o continente americano.
No Brasil, o então presidente Getúlio Vargas assinou o decreto nº 5.540, em 1943, determinando que o Brasil, a exemplo dos outros países da América, comemorasse o Dia do Índio em 19 de abril. Desde o início da colonização, os índios foram escravizados pelos portugueses. A partir daí, ficaram sujeitos às leis dos homens brancos e sofreram com prisões, com o desrespeito à sua cultura, com as tentativas violentas de integrá-los ao convívio com a civilização.E até no dias de hoje os índios brasileiros e suas terras muitas vezes são alvo de garimpeiros, madeireiros e fazendeiros que cobiçam essas terras e as riquezas naturais delas, sem se importar com os males e prejuízos causados aos índios e o meio ambiente.



Os índios vivem em aldeias e, muitas vezes, são comandados por chefes, que são chamados de cacique, tuxánas ou morubixabas. Normalmente, a transmissão da chefia é hereditária (de pai para filho). Os chefes devem conduzir a aldeia nas mudanças, na guerra, devem manter a tradição, determinar as atividades diárias e responsabilizar-se pelo contato com outras aldeias ou com os brancos. Muitas vezes, ele é assessorado por um conselho de homens que o auxiliam em suas decisões. Os mais velhos - homens e mulheres - adquirem grande respeito da parte de todos. A experiência conseguida pelos anos de vida transforma-os em símbolos das tradições da tribo. O pajé é uma espécie de curandeiro e conselheiro espiritual.



Os índios brasileiros sobrevivem utilizando os recursos naturais oferecidos pelo meio ambiente com a ajuda de processos rudimentares. Eles caçam, plantam, pescam, coletam e produzem os instrumentos necessários a estas atividades. A terra pertence a todos os membros do grupo e cada um tira dela seu próprio sustento.
Índios do Mato Grosso do Sul.
O Guaikuru eram aliados aos Paiaguás contra os portugueses, eles ofereceram grande resistência à povoação do Pantanal mato-grossense. Um tratado de paz em 1791 os declara súditos da coroa portuguesa. A partir do século XVIII, chamou-se guaikuru todos os indígenas do Chaco que compartilhavam sua língua.
Os Guatós foram considerados extintos até que em 1977 foi reconhecido um grupo na ilha Bela Vista do Norte. Eles vivem no pantanal dispersos ao longo dos rios Paraguai, São Lourenço e Capivara no município de Corumbá. Segundo a FUNAI em 1989 eram 382 índios.
Na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai está localizada a reserva de Amambaí, a segunda mais populosa do estado com 2.429 hectares e 4.544 índios, divididos em Guaranis Kaiowá e Guaranis Ñandeva
Os Bororo atuais são os Bororo Orientais, também chamados Coroados ou Porrudos e autodenominados Boe. Os Bororo Ocidentais, que foram extintos no final do século XIX, viviam na margem leste do rio Paraguai, Os Umotinas, um subgrupo Bororo, eram conhecidos como "barbados" pois usavam barbas, às vezes postiças feita de pêlos de macaco ou de cabelos de mulheres da tribo. Vivem na Área Indígena Umutina no município de Barra dos Bugres no Mato Grosso junto com os Paresi, Kayabi e Nambikwára.
Os Paresi viviam no planalto de Mato Grosso e por serem dóceis e pacíficos serviram de escravos aos bandeirantes. Trabalhavam na agricultura e fiavam algodão para a confecção de redes e tecidos. No início do século XX foram encontrados, ainda traumatizados pela violência de contatos anteriores, pelo Marechal Rondon que os levou para terras protegidas pôr suas tropas. Se tornando seus principais guias na região. Em 1990 segundo a FUNAI eram 900 índios.
Na maior reserva de Mato Grosso do Sul, ocupando uma área de 538.536 hectares no município de Porto Murtinho (fronteira com Paraguai), habitam três povos indígenas: os Kadiweu, os Terena e os Chamacoco, totalizando 1.265 pessoas. A reserva está localizada em termos ambientais, no ecossistema do Pantanal Mato-grossense e do chaco paraguaio. Os Kadiweu são descendentes dos guaikurus, índios cavaleiros que tiveram participação importante ao lado dos brasileiros na Guerra do Paraguai. Por serem agressivos dominaram outros povos do Chaco e do Pantanal, principalmente os terena que se dedicam à agricultura e os Chamacoco que vivem da caça e da pesca. Suas terras são reconhecidas pelo governo desde 1903. O principal conflito dessa comunidade indígena é a mesma de outras reservas, o interesse que o homem branco tem por suas terras para transformá-las em pasto de gado. O arrendamento das terras para os fazendeiros através da FUNAI, se tornou ao principal fonte de renda desse grupo indígena. Atualmente os maiores conflitos estão acontecendo entre os Kadiweu e os madeireiros clandestinos, que estão desmatando as áreas da reserva florestal
















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