sexta-feira, 17 de abril de 2020

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS COMPLEMENTARES (APCs 4º, 5º ANOS E 2º FASE DA EJA.







Imaginem como deve ter sido o encontro entre portugueses e indígenas na ocasião do descobrimento do Brasil!
Duas culturas completamente diferentes, sem nem mesmo ter palavras semelhantes, que servissem de referência para a comunicação, mas que precisavam que conviver no mesmo espaço…
Deve ter sido realmente uma aventura!
Os estudos históricos a respeito da população indígena na época do descobrimento concluem que haviam uma população aproximada de cinco milhões de índios no território brasileiro e agrupados de acordo com a língua pela qual se comunicavam: tupis-guaranis habitavam o litoral, macro-jê ou tapuias na região do planalto central e os aruaques e caraíbas na região amazônica.



A divisão da língua indígena
Entre os índios há grande diversidade linguística e os especialistas neste assunto, os linguistas, expressam essas semelhanças e diferenças através do agrupamento em troncos e famílias linguísticas. Isso quer dizer que há línguas cuja origem comum está situada há milhares de anos. Entre línguas de uma mesma família, as semelhanças são maiores, resultado de separações ocorridas há menos tempo.
Com relação aos índios brasileiros , os historiadores apontam dois grandes troncos: o Tupi e Macro-Jê , com 19 famílias linguísticas que não apresentam semelhança necessária para ser agrupadas nos troncos.
Um grande número de palavras da língua portuguesa tem origem no tupi-guarani. Veja alguns exemplos: arara, capim, catapora, cipó, cuia, cumbuca, cupim, jabuti, jacaré, jiboia, mandioca, mingau, minhoca, paçoca, peteca, pindaíba, pipoca, tamanduá, taquara, toca, traíra… E muitas outras!

Cultura indígena
Os índios vivem de forma muito organizada e harmônica. Cada tribo tem um cacique , que é o chefe e um pajé , que é uma espécie de médico para eles. Os pajés conhecem tudo sobre males do corpo e do espírito e também quais as plantas e ervas que podem ser utilizadas em cada caso. 
A aldeia onde vivem é chamada de taba e nela existem dois tipos de casas: as simples, onde vivem apenas uma família e são chamadas de ocas e as casas coletivas, que são chamadas de malocas.
As casas são construídas com uma mistura de barro e sua estrutura é sustentada por pedaços de madeira. Para fazer os telhados, os índios utilizam palha trançada ou grandes folhas de árvores.


Esta forma de construção é barata e segura para algumas regiões sem muitas variações climáticas, por isso é utilizada em alguns locais do Brasil, principalmente no Nordeste e na Amazônia. São as casas de pau-a-pique.
Apesar de não ser comum na atualidade, algumas tribos brasileiras praticavam o canibalismo , ou seja, se alimentavam de carne humana. A tribo dos tupinambás, que habitavam o litoral da região sudeste do Brasil, tinham essa prática. Eles acreditavam que ao comerem carne humana do inimigo estariam incorporando sua sabedoria, valentia e conhecimentos. Essa prática era acompanhada de rituais simbólicos.


Alimentação saudável
Os índios retiram da mata tudo o que precisam para sua alimentação, além de plantar também o que necessitam. Os principais alimentos consumidos entre os povos indígenas são: mandioca, batata- doce, cará, milho, pimenta, cana-de-açúcar, algodão e banana. Além disso, criam animais, como galinhas e porcos e pescam com frequência, aliás, peixe assado na folha de bananeira é um alimento típico indígena que o homem branco aprovou! Hummm! Que delícia!
Como os índios sempre dependeram da natureza para seu sustento, desde muito cedo aprendem a cuidar e valorizar o meio ambiente. Respeitam as áreas de plantio e a fase de reprodução dos peixes que serão utilizados como alimento. Com certeza respeitam e valorizam o meio ambiente muito mais do que nós!




Brincadeiras interessantes
As crianças indígenas brincam muito e através das brincadeiras aprendem várias funções que terão que desempenhar quando adultos: caçar, pescar, plantar, fazer panelas de barro, trançar cestos e várias outras coisas.
Os pais costumam fabricar miniaturas de objetos do uso cotidiano para que, além de brincar, elas também sejam educados para a vida adulta.
Mojarutap Myrytsiowit
Este é um jogo parecido com a “Cama de Gato”: o jogador forma figuras com um cordão trançado nas duas mãos. Os índios usam um cordão de tucum (tipo de palmeira) e criam diversas figuras, como morcegos e peixes. Já foram registradas aproximadamente dez figuras diferentes durante o jogo. Este é uma brincadeira que mostra a criatividade e excepcional habilidade manual dos índios.
Adugo
É um jogo de tabuleiro bem fácil de fazer, veja só: é jogado no chão, com o tabuleiro traçado na areia e usando-se pedras como peças: uma peça representa a onça e 14 outras (iguais entre si) representam os cachorros. Dois jogadores jogam e um deles atua como onça, com o objetivo de capturar as peças do adversário. A captura é feita como no jogo de Damas. O jogador que atua com os cachorros tem o objetivo de encurralar a onça e deixá-la sem possibilidade de movimentação.




Curiosidades:
Os bandeirantes se comunicavam em tupi. É por isso que tantos estados, municípios e rios têm nomes de origem indígena. Veja alguns exemplos: Paraná é “mar”; Pará é “rio”; Piauí é “rio de piaus”, um tipo de peixe; Sergipe é “no rio do siri”; Paraíba é “rio ruim”; Tocantins é “bico de tucano”; Curitiba é “muito pinhão”; Pernambuco é “mar com fendas”.





fonte: Guia dos Curiosos)


















quinta-feira, 16 de abril de 2020

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS COMPLEMENTARES (APCs) 6º ANO E 3ª FASE DA EJA




pintura no corpo é muito importante para as culturas indígenas, porque ela indica um lugar na sociedade e se relaciona com forças naturais e  sobrenaturais.
Ela  tem  vários  sentidos:  ritos  de passagem,  proteção  do  grupo  ou  do  indivíduo, cerimônias de casamento, de luto ou cura de doenças ou a função guerreira ou religiosa.
Os padrões dessa pintura podem  parecer  abstratos  aos  nossos  olhos,  mas  eles podem  estar  relacionados  à  vida  e  à  mitologia  de  cada  grupo  indígena  onde  é praticado.
Muitos  deles  praticam  a  pintura  corporal  há  séculos  –  o  que  chamou  a  atenção  dos  viajantes  e  estudiosos europeus  que  vieram  à  América.
Os  grafismos  aparecem  não  só  nos  corpos,  mas  também  em  objetos  utilitários  e rituais, nas casas e, atualmente, no papel.
Cada grupo indígena possui um repertório próprio de técnicas e padrões que  estão muito associados à sua  organização  social,  à  sua  cosmologia  e  às  relações  que  o  grupo  mantém  com  a natureza, com o mundo sobrenatural e também com seus inimigos.
Os pigmentos utilizados são, na maioria, o vermelho, feito com o pó da semente de urucum, e o azul-escuro, quase negro, fervendo ou macerando a polpa  do  jenipapo  verde  com  um  pouco  de  água  e  fazendo  uma  tinta transparente,  que,  após  algumas  horas, se  torna  escura.
As  tintas  produzidas são  aplicadas  com  as  mãos,  pontas  de  palha,  riscadores  de  madeira, chumaços de algodão, pincéis variados e até cachimbos feitos com o coco da palmeira babaçu.
Além  do  urucum  e  do  jenipapo,  costuma-se  usar  o  pó  de carvão para o pigmento preto, e do calcário, que se encontra na terra, para obter a cor branca.

Pintura Corporal Asurini do Xingu

São apenas 154 índios que vivem numa aldeia localizada à margem direita do rio Xingu, no Estado do Pará. Destacam-se por sua criatividade, expressa principalmente nas artes gráficas: seus desenhos geométricos decoram corpos e objetos, representando elementos da natureza e seres sobrenaturais.
A língua Asurini pertence à família Tupi-Guarani.

Pintura Corporal Karajá

Antigos moradores das margens do rio Araguaia, nos Estados de Goiás, Tocantins e Mato Grosso, formam um grupo de 3198 pessoas e falam uma língua que pertence ao tronco linguístico Macro-Jê.
Os dois círculos tatuados na face são uma característica marcante do grupo, que também possui belas pinturas corporais.

Pintura Corporal Krahô

Os Krahô vivem na Terra Indígena Kraolândia, no Estado do Tocantins. São um grupo de aproximadamente 2500 pessoas falantes de uma língua da família Jê.
Vivem em aldeias de formato circular e são muito conhecidos pelas corridas de toras que fazem todos os dias, logo depois de caçar, pescar ou trabalhar na roça.
As toras, feitas normalmente com o tronco do buriti, são preparadas e enfeitadas com muito cuidado pelos Krahô.

Pintura Corporal Xikrin Kayapó

São 1800 índios, aproximadamente, que vivem nas Terras Indígenas Cateté e Trincheira Bacajá, no Estado do Pará.

Os Xikrin, falantes de língua Kayapó, enfatizam a audição e a palavra e, por isso, perfuram orelhas e lábios logo na infância.
As mulheres são responsáveis pela elaborada pintura corporal e dedicam muito tempo para realizá-la.

Pintura Corporal Yanomami

Os Yanomami são um grupo indígena que habita a floresta Amazônica, na região da fronteira do Brasil com a Venezuela.
Como outros grupos indígenas, eles realizam pinturas e perfurações corporais. Enfeitam-se com braceletes confeccionados com plumas de pássaros.
Eles perfuram o lóbulo da orelha, o septo nasal e os lábios inferiores para inserir lascas de bambu.

Pintura Corporal Matis

Os Matis somam 390 pessoas que vivem na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Falam uma língua da família Pano.

Todos se reconhecem como mushabo (“gente tatuada”) ou wanibo (“gente da pupunha”), pois possuem tatuagens no rosto feitas com o espinho da palmeira da pupunha, um desenho que marca seu pertencimento ao grupo.

O que é a Pintura Corporal?

pintura corporal é uma manifestação cultural presente em várias sociedades, como os indígenas, hindus, africanos e na sociedade ocidental por meio da maquiagem e da tatuagem.
Os índios utilizam a pintura corporal como meio de expressão ligado aos diversos manifestos culturais de sua sociedade.
Para cada evento, há uma pintura específica: luta, caça, casamento, morte… Todo ritual indígena é retratado nos corpos dos mesmos na forma de pintura, é a expressão artística mais intensa dos índios.
A tinta é feita de urucum, jenipapo ou babaçu, na maioria das vezes.
A pintura corporal também é usada de acordo com o gênero e a idade, com a finalidade de indicar os grupos sociais, ou a função de cada indivíduo na tribo.
São as mulheres que pintam os corpos, cujos desenhos carregam valor simbólico, visando retratar um momento ou um sentimento específico.
Há tribos que destinam as pinturas ao uso cotidiano, deixando as plumas para as comemorações e rituais indígenas, inclusive funerais.









ATIVIDADES PEDAGÓGICAS COMPLEMENTARES (APCs) 5º ANO E 2ª FASE DA EJA







A necessidade de armazenamento e um preparo mais apurado dos alimentos propiciou o

A Amazônia foi seguramente um importante centro difusor desta nova tecnologia. Em alguns sambaquis do baixo Amazonas foram  encontradas, pela arqueóloga norte-americana Anna Roosevelt,  cerâmicas de 11 mil anos.

Quase todos os povos pré-colombianos fabricaram objetos de  cerâmica.

No Brasil, destacaram-se duas grandes culturas ceramistas - a da Ilha de Marajó e a de Santarém (Tapajós). Há evidências de que essas duas culturas tiveram um alto desenvolvimento político e social  conhecido como "cacicato", bastante semelhante ao das culturas  andina e mesoamericana. No topo da escala hierárquica estava um chefe superior que comandava os chefes provinciais, e na base, os  escravos, que trabalhavam na agricultura e no serviço doméstico.

Arte Karajá - Boneca Karajá


O senso estético elevado e a harmonia das formas atraem turistas e amantes da arte em geral. As peças invadem tanto lojas quanto coleções de museus.

Em tempos antigos, as bonecas eram destinadas às meninas como  brinquedos. Mas os tempos mudaram. Guaciru, uma das ceramistas mais tradicionais de Santa Isabel do Morro, está finalizando quase uma centena de bichinhos (tartaruga, jacaré, veado, onças com seus filhotes etc.) que foram encomendados por uma loja de São Paulo.
Ela usa um talinho de buriti para a pintura preta das peças e, sem perder a concentração, diz que o dinheiro resultante da venda é fundamental para a manutenção da família.
Famosos pelas bonecas e animais de cerâmica (ritxõo), os Karajá produzem uma arte absolutamente conectada com a realidade tribal.desenvolvimento de uma outra técnica - a  cerâmica. Nas escavações arqueológicas foram encontrados não apenas objetos utilitários, mas também belas peças, como vasos e urnas com ornatos rebuscados, que provavelmente tinham funções cerimoniais.






Cerâmica Kadiweu

A produção de cerâmica entre os Kadiweu está voltada quase inteiramente para o comércio e constitui importante elemento de sua economia, visto que por meio do comércio de artesanato as mulheres contribuem sobremaneira para o sustento familiar. Essa importância econômica era ainda maior alguns anos atrás, antes de os atuais mercados consumidores de artesanato tornarem-se saturados e da Artíndia deixar de comprar e distribuir a cerâmica produzida para outras cidades do país, embora a preços irrisórios. O recente fato de os Kadiweu estarem administrando o arrendamento de suas terras confere, por sua vez, uma nova função econômica aos homens.
A confecção das peças segue, entretanto, as técnicas tradicionais: a superposição de roletes de barro já preparados, amoldados com a concha de uma colher para dar forma à peça; a marcação dos padrões decorativos efetuados com um cordão de caraquatá; o processo de  queima de peça ao ar livre e a pintura realizada com o negro do pau-santo e os barros coloridos.

A matéria-prima para a confecção da cerâmica é conseguida em uma área alagadiça próxima à aldeia, de onde se retira o barro amarelo. Algumas artesãs também se utilizam do barro preto, que é mais difícil de ser encontrado, mas que proporciona uma resistência muito maior à peça. Esse barro é também matéria-prima da cerâmica para uso dos habitantes da aldeia: trata-se dos grandes potes usados como recipientes de água, raramente têm decoração e, quando isso ocorre, consiste normalmente em algumas incisões de corda no pescoço, sem pinturas. Segundo informações das principais artesãs da aldeia, a cerâmica decorada é feita para venda e nunca para uso.
Há uma evidente priorização da decoração, tanto no processo de  elaboração como na diversidade de motivos, em relação à possibilidade de diversificação dos formatos da cerâmica. Observa-se, em geral, uma ligeira simplificação nos formatos de algumas peças, mas podemos  afirmar que a construção formal da cerâmica Kadiweu alterou-se muito pouco, comparando-se às coleções mais antigas.
Artíndia



O artesanato de uma etnia revela sua origem, localização, linguagem, costumes e organização social. Habilidosos no manuseio, os indígenas transformam cipós, madeiras, penas, plumas, conchas, unhas, fibras vegetais, argila e outros materiais em verdadeiras obras de arte, inspirados na memória cultural herdada de seus antepassados e na rica mitologia que explica suas existências. Exemplo disso são as conhecidas plumárias Kayapó, Rikbtsa, Tapirapé, Urubu, Kaapor e Wavana-Apalaí; as bonitas panelas Matis, Waurá e Assurini, os colares de conchas Kuikuro; as cerâmicas figurativas Karajá e outros que os mais de 350 mil indígenas brasileiros lutam para preservar.
CERÂMICA MARAJOARA




Fontes: Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000.
Arte Karajá / Maria Luiza Silveira (Consultora da UNESCO) in Brasil Indígena - Fundação Nacional do Índio - FUNAI. Ano II - nº 9 - Brasilía/DF, Mar/Abr, 2002
Produção de cerâmica Kadiweu Atual / Jaime Garcia Siqueira Jr. in Grafismo Indígena: Estudos de Antropologia Estética / Lux Vidal (organizadora), 2ª ed. – São Paulo: Studio Nobel: FAPESP: Editora da Universidade de São Paulo, 2000.

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS COMPLEMENTARES (APCs) 7º ANO E 4º FASE DA EJA






A Cestaria é uma arte milenar. Cada grupo indígena  expressa por meio dos mais diferentes materiais suas diferenças culturais nas múltiplas formas e técnicas de trançado.

Os Wayana e os Aparai são grandes artistas. Produzem peças de artesanato, principalmente de cestaria, ricamente decorados.
Entre os Aparai e os Wayana a cestaria é responsabilidade masculina. Os motivos que decoram os cestos, os tecidos, as cerâmicas e as pinturas corporais são seres sobrenaturais, vegetais e animais.
Aquele que trança o cesto reconta, por meio desses motivos, a história de seu povo e as idéias e modos de pensar dos ancestrais.
Entre os Wayana e Aparai a cestaria é responsabilidade masculina
Foto: Paula Morgado


Cestaria Baniwa


Cestaria Baniwa de Arumã A cestaria de arumã é uma arte milenar ensinada aos homens Baniwa pelos seus heróis criadores e cujos grafismos foram inscritos pelos antepassados nas pedras, em forma de petroglifos, para que nunca fossem esquecidos. Para os Baniwa, fazer arte de arumã é condição da pessoa plenamente cultural.
Os Baniwa produzem cestaria de arumã para vender por dinheiro ou trocar por bens há décadas. A partir de 1998, depois da demarcação das terras indígenas na região do Rio Negro, a FOIRN e associações filiadas, em parceria com o ISA, começaram a implantar um conjunto de projetos-
piloto para viabilizar algumas iniciativas prioritárias das comunidades indígenas na direção de um Programa Regional de Desenvolvimento Indígena Sustentável. Entre estas, incentivar a produção sustentável por encomenda de cestaria de arumã para comercialização com gestão direta dos recursos pelas associações Baniwa, agregando valor cultural e ambiental aos produtos.

A cestaria de arumã é uma arte milenar ensinada aos homens Baniwa pelos seus heróis criadores e cujos grafismos foram inscritos pelos antepassados nas pedras, em forma de petroglifos, para que nunca fossem esquecidos. Para os Baniwa, fazer arte de arumã é condição da pessoa plenamente cultural.

Mulher Karajá confeccionando um cesto
Foto: Walter Sanches
Os Baniwa produzem cestaria de arumã para vender por dinheiro ou trocar por bens há décadas. A partir de 1998, depois da demarcação das terras indígenas na região do Rio Negro, a FOIRN e associações filiadas, em parceria com o ISA, começaram a implantar um conjunto de projetos-
piloto para viabilizar algumas iniciativas prioritárias das comunidades indígenas na direção de um Programa Regional de Desenvolvimento Indígena Sustentável. Entre estas, incentivar a produção sustentável por encomenda de cestaria de arumã para comercialização com gestão direta dos recursos pelas associações Baniwa, agregando valor cultural e ambiental aos produtos.

Baniwa não é uma auto denominação, mas um termo genérico utilizado desde tempos coloniais
para se referir aos povos de língua aruak do extremo noroeste da Amazônia brasileira. Entre si,
se distinguem pelos nomes de suas fratrias, como HohodeneWalipere-dakenaiDzauinai e outros.

Cestaria
Conjunto de objetos - cestos-recipientes, cestos-coadores, cestos-cargueiros, armadilhas de pesca e outros - obtidos pelo entrançamento de elementos vegetais flexíveis ou semi-rígidos usados para transporte de carga, armazenagens, receptáculo, tamis ou coador. Variam em tamanho, forma, decoração, técnica de manufatura, mas obedecem basicamente às exigências ditadas por sua funcionalidade. Vasilhame é o equivalente à cestaria em cerâmica.

Trançado
Técnica de interpor, alternadamente, elementos vegetais previamente preparados, para construir
manufaturas planas ou recipientes. A composição desses elementos (palha, tala), a maneira pela
qual interceptam um ao outro, e o seu espacejamento, provêm a chave das técnicas do trançado.
Elas se dividem em duas grandes classes: entretrançados e costurados, que, por sua vez, se
dividem em categorias, tipos e subtipos.

Berta Ribeiro organiza os trançados por gênero de utilização:
1. Trançados para Uso e Conforto Doméstico: Abano Trançado, Apá, Cantil com Invólucro Trançado, Cesto Alguidariforme, Cesto Bornaliforme, Cesto Gameliforme (Balaio), Cesto Paneiriforme (Paneiro ou urutu), Cesto Platiforme, Cesto Tigeliforme, Cesto Vasiforme (Samburá ou cofo), Defumador Trançado, Esteira, Rede de dormir trançada, Suporte de cabaça;
2. Trançados para a caça e a pesca: Arapuca, Caniçada (Pari), Covo (Matapi), Nassa (Jequi), Socó;
3. Trançados para o processamento da mandioca: Cumatá (Coadeira), Peneira (Tamiz), Tipiti, Tipiti de torção, Tuavi;

4. Trançados como meios de transporte de carga: Aturá, Cesto-Cargueiro Coniforme, Cesto-Cargueiro Quadrangular, Gaiola Trançada, Jamaxim (Panacu), Tipóia trançada;

5. Trançados para uso e adorno pessoal: Aro Trançado, Braçadeira Trançada, Cesto Bolsiforme, Cesto Estojiforme (Canastra), Chapéu Trançado, Cinta Trançada, Cinto Trançado, Coroa Trançada, Disco Occipital, Ferradura Occipital, Pára-sol, Patrona (Cartucheira), Patuá, Pingente trançado dorsal, Pulseira trançada, Sandália trançada (Prequeté);

6. Trançados específicos para a venda: Cestos, Abanos, Tipiti, etc.


Fontes: Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000.

Dicionário do Artesanato Indígena / Berta G. Ribeiro; ilustrações de Hamilton Botelho Malhano. - Belo Horizonte : Itatiaia ; São Paulo : Editora da Universidade de São Paulo, 1988

Produtos Baniwa: FOIRN - Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro - Av. Álvaro Maia, 79 - Centro - Cep 69750-000 - S. Gabriel da Cachoeira - AM - Brasil

Tel/fax (92) 471.1349 - C. Eletrônico: foirn@zaz.com.br
ISA - Instituto Socioambiental - www.socioambiental.org - Av. Higienópolis, 901 - Higienópolis - Cep 01238-001 - São Paulo - SP - Brasil
Tel (11) 825.5544 / Fax (11) 825.7861




terça-feira, 7 de abril de 2020

Atividades Pedagógicas Complementares (APCs) 7º ANOS

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS COMPLEMENTARES (APCs) 

PÁSCOA  - ATIVIDADES


*Fazer Um Acróstico com a Palavra IXTUS. (PEIXE)

O Peixe na Páscoa é uma das representações que simbolizam a vida e a fé das pessoas em Jesus Cristo.

Alguns apóstolos de Cristo eram pescadores e os primeiros cristãos já incluíam o peixe entre os símbolos das suas crenças. Antigamente, como sinal de esperança na fé em Jesus, os primeiros cristãos costumavam presentear uns aos outros com peixes.
O acrónimo IXTUS, que significa “peixe” em grego, fazia referência a Jesus. As letras representavam as iniciais de "Iesus Xristos Theos Huios Sopter" que quer dizer "Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador"

EXEMPLOS:




*Releitura da 3º Estação onde Jesus Carrega sua Cruz


*Releitura da Última Ceia de Michelangelo.
Você vai reunir sua família ao redor da mesa de sua casa e fazer uma foto representando a ceia onde Jesus reuniu seus discípulos para jantar.

A ÚLTIMA CEIA 
A Última Ceia foi um acontecimento muito importante na vida de Jesus, que lembramos sempre que tomamos a Santa Ceia na igreja.
Para celebrar a Páscoa judaica, Jesus reuniu seus discípulos para jantar. Antes do jantar, Jesus lavou os pés dos discípulos, para mostrar a importância de ser servo. Depois, eles se sentaram à mesa para comer.

Durante o jantar, Jesus explicou que iria ser traído nessa noite e iria morrer. Ele também instituiu a Santa Ceia, para sempre lembrarmos o sacrifício que ele iria fazer na cruz. Jesus explicou que o pão simboliza seu corpo e o vinho simboliza seu sangue, que foi derramado por nós e nos uniu em uma nova aliança com Deus.
A Última Ceia | Pintura a última ceia, A ultima ceia e Imagens de ...


segunda-feira, 6 de abril de 2020

*Atividades Pedagógicas Complementares (APCs)* SIGNIFICADO DA PÁSCOA

*Atividades Pedagógicas Complementares (APCs)*

Significado de Páscoa Cristã

O que é Páscoa Cristã:


A Páscoa Cristã é uma das festividades mais importantes para o cristianismo, pois representa a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus.
A data é comemorada anualmente no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre no início da primavera (no Hemisfério Norte) e do outono (no Hemisfério Sul). A data é sempre entre os dias 22 de março e 25 de abril.
Dentro do cristianismo, diferentes religiões e denominações celebram a Páscoa de maneira diferente. Por exemplo, os protestantes celebram de maneira diferente que os católicos. Enquanto os católicos são encorajados a não comer carne na Quaresma, para os protestantes não existe essa restrição. Além disso, os protestantes não costumam celebrar todos os dias da Semana Santa como os católicos, dando mais importância à Sexta Feira Santa e Domingo de Páscoa.
Durante os 40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa - período conhecido como Quaresma - os católicos se dedicam à penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.
A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas da palmeira, para comemorar a sua chegada.
A Sexta Feira Santa é o dia em que os cristãos celebram a morte de Jesus na cruz. E por fim, com a chegada do Domingo de Páscoa, os cristãos celebram a Ressurreição de Cristo e a sua primeira aparição entre os seus discípulos.
A Páscoa já era comemorada antes do surgimento do Cristianismo. Tratava-se da comemoração do povo judeu por terem sido libertados da escravidão no Egito, que durou aproximadamente 400 anos.
Segundo a Bíblia, supostamente Jesus teria participado de várias celebrações pascais. Quando tinha doze anos de idade foi levado pela primeira vez pelos seus pais, José e Maria, para comemorar a Páscoa, conforme narram algumas das histórias do Novo Testamento da Bíblia.
A mais famosa participação relatada na bíblia foi a "Última Ceia", onde Jesus e os seus discípulos fizeram a "comunhão do corpo e do sangue", simbolizados pelo pão e pelo vinho.

O ovo de Páscoa talvez seja um dos símbolos mais conhecidos e associados a essa celebração. Já na antiguidade, era comum presentear as pessoas com os ovos cozidos e coloridos que simbolizavam a vida e o nascimento. Isso acontecia com a chegada da primavera e esse costume mais tarde foi adotado pelos cristãos.
Símbolos da Páscoa
Os Símbolos da Páscoa estão relacionados com a festa que celebra a ressurreição de Jesus após sua crucificação.
Trata-se de uma das datas mais importantes do Cristianismo, comemorada anualmente entre março e abril durante a Semana Santa.
No Judaísmo, a Páscoa também é uma importante celebração que está associada com a libertação desse povo. Em hebreu, o termo “pessach” (páscoa) significa “passagem”. Em ambos os casos, a data simboliza o surgimento da nova vida e que, portanto, traz esperança e renovação.
Confira abaixo os principais símbolos da Páscoa e seus significados.

Coelho da Páscoa

Coelho da PáscoaO coelho é um dos símbolos mais emblemáticos da Páscoa cristã, que significa a fertilidade e a esperança. Como esse animal está associado com as grandes ninhadas, ele simboliza a fertilidade e a renovação da vida.
Esse símbolo pascal foi trazido pelos alemães ao Brasil em meados do século XVII. Isso porque na mitologia alemã, o povo realizava cultos para Ostara, a deusa da fertilidade. Essas celebrações aconteciam com a chegada da primavera, que trazia consigo a esperança e a renovação.
Em inglês, o nome da deusa Ostara é Easter, que significa Páscoa, e está associada com as deusas da primavera, cujo símbolo é o coelho. Com a chegada da primavera, os coelhos eram os primeiros animais a aparecerem.
Ovos de Páscoa

Ovo de Páscoa

O ovo de Páscoa talvez seja um dos símbolos mais conhecidos e associados a essa celebração. Já na antiguidade, era comum presentear as pessoas com os ovos cozidos e coloridos que simbolizavam a vida e o nascimento. Isso acontecia com a chegada da primavera e esse costume mais tarde foi adotado pelos cristãos.
Já na modernidade, essa tradição passou a ser com os famosos ovos de chocolates. Assim, no domingo de Páscoa, as pessoas costumam presentear os amigos e os familiares.
Mas há ainda culturas em que os ovos cozidos e pintados fazem parte da celebração. A brincadeira mais conhecida é escondê-los enquanto as crianças os procuram.

Peixe

Símbolo do Peixe
O peixe é um símbolo cristão que significa vida e representa um importante alimento que é consumido na sexta-feira santa.
Assim, ao invés da carne vermelha, o peixe (geralmente o bacalhau no Brasil) é um importante elemento da confraternização com os familiares.
Do grego, a palavra peixe “Ichthys” é um ideograma da frase “Iesous Christos Theou Yios Soter”, que significa “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.
Vale lembrar que um dos episódios mais famosos do evangelho é quando Jesus Cristo multiplica os peixes e os pães, com o intuito de alimentar uma multidão.
Outro ponto importante a destacar é que os apóstolos de Jesus Cristo eram pescadores e por ele eram chamados de “pescadores de homens”.

Cordeiro

CordeiroTanto para os judeus como para os cristãos, o cordeiro é um dos símbolos pascais mais antigos. Segundo o antigo testamento, o cordeiro foi o animal escolhido por Moisés para ser sacrificado em homenagem a Deus. Esse ato representou o agradecimento pela libertação dos hebreus da escravidão que estavam subjugados no Egito.
A partir disso, a Páscoa judaica era sempre celebrada com o sacrifício de um cordeiro. Esse prato era servido com o pão sem fermento, conhecido como Matzá ou pão ázimo.
Esse animal é mencionado muitas vezes nas sagradas escrituras como sinônimo de Jesus Cristo: “cordeiro de Deus que tirou os pecados do mundo”.
Por isso, para os cristãos ele significa o próprio Jesus Cristo que se sacrificou pela humanidade com o intuito de redimir os pecados dos homens.

Círio Pascal

Círio Pascal
O Círio Pascal é uma grande vela que é acesa no altar da Igreja durante a celebração da Vigília Pascal, no sábado de aleluia. Importante símbolo dessa comemoração, ela simboliza a luz e a ressurreição de Jesus Cristo.
Nessa imensa vela, estão gravadas as letras alfa e ômega (a primeira e a última do alfabeto grego), que representam Jesus como o princípio e o fim. E ainda, encontramos no círio pascal os algarismos referentes ao ano da celebração. Além disso, nela estão cravados cinco pontos que fazem referência às chagas de Jesus Cristo crucificado.

Pão e Vinho

Pão e vinho
O pão e o vinho representam o corpo e o sangue de Jesus Cristo e simbolizam a vida eterna e a ressurreição. Estes são um dos mais antigos símbolos do Cristianismo e fazem parte das missas de Páscoa.
Tanto o pão como o vinho aparecem em diversas passagens bíblicas, como por exemplo, na Santa Ceia:
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomem e comam; isto é o meu corpo”. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: “Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados.” (Mateus 26:26-28)

Sinos da Igreja 

Sinos

Os sinos são importantes objetos da celebração cristã, os quais são encontrados nas Igrejas. O badalar dos sinos no domingo de Páscoa anunciam a ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, realça o aspecto mais importante da data.
Os sinos simbolizam a nova vida e anunciam a alegria da festividade. Dessa forma, eles representam o poder da vida em detrimento da morte.

Girassol – Wikipédia, a enciclopédia livre

Girassol

girassol, por ter a característica natural de voltar-se para o sol na medida em que este percorre o céu, também se tornou símbolo dos cristãos, que precisam estar voltados para “o sol de Cristo”, de quem se alimentam por meio da graça consentida com a morte e a ressurreição.

Conheça os símbolos da PáscoaCruz

Que mistifica todo o significado da Páscoa, a ressurreição e também o sofrimento de Cristo. No Concílio de Nicéia (325 d.c), Constantim decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo, não somente um símbolo de Páscoa, mas o símbolo primordial da fé católica.