quarta-feira, 1 de abril de 2020

4º FASE - EJA - Atividades Pedagógicas Complementares (APCs)




Atividades Pedagógicas Complementares (APCs)

Disciplina de Arte
Professora: Luzia de Fatima Layola Nunes
Turma: 4º Fase da EJA
AULAS DO DIA 02/04/2020 E 03/04/2020

*Conteúdo: SEMANA DA ARTE MODERNA
*Vídeo aula
*Atividades
*Pesquisa.
 Orientações:
1º Fazer a releitura da Obra de Anita Malfatti – O FAROL
2º Fazer as atividades no link
3º Pesquisar a Biografia de Anita Malfatti - colocar no caderno
2º Não esqueça o nome no formulário.

Bons estudos!


 SEMANA DA ARTE MODERNA 
SEMANA DE 22
O final do século XIX e a primeira metade do século XX foram períodos de grandes e significativas transformações na arte, especialmente nas artes visuais, na literatura, na música e na arquitetura, visando desprender-se de antigos valores estéticos. As novas tendências artísticas que vigoravam na Europa não demoraram muito para espalhar-se pelo mundo e chegar ao Brasil por artistas que estudavam na Europa e voltavam influenciados por essas novas ideias. Um bom exemplo são as primeiras exposições de Anita Malfatti, que recém voltada da Alemanha, trazia ao Brasil uma série de quadros de influências expressionistas que escandalizaram a elite brasileira. Monteiro Lobato não poupou críticas a jovem artista e este fato colaborou como incentivo para a realização de um evento como a Semana de Arte Moderna.

 
Adicionar legenda
No início da década de 20 num contexto cheio de agitações políticas, culturais e sociais, artistas, poetas e intelectuais brasileiros, entusiasmados com as novas tendências artísticas, organizaram um evento cultural que marcaria para sempre a história da arte brasileira. O evento conhecido como Semana de Arte Moderna ocorreu no período de 11 a 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal da cidade de São Paulo. O principal objetivo desse evento era desvencilhar-se do passadismo academicista e conservador que ainda controlavam o repertório artístico-literário brasileiro, fundindo as influências do exterior e elementos da cultura do Brasil afim de criar uma arte essencialmente brasileira.


 A Semana de Arte Moderna era um evento que estaria inserido nas comemorações do centenário de Independência do Brasil, de maneira um tanto restrita, porém o bom acolhimento da ideia fez com que o evento tomasse maiores proporções, reunindo mais artistas e sendo realizado no Theatro Municipal de São Paulo.
No evento realizaram-se exposições contando com cerca de cem obras e três sessões literárias-musicais. Entre os artistas plásticos participantes estavam Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Victor Brecheret e Di Cavalcanti, entre outros, este último foi um dos principais idealizadores do evento. No campo da arquitetura a Semana de Arte Moderna contou com Antônio Moya e Georg Przyrembel. Entre os poetas estavam presentes Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade, Manoel Bandeira entre outros. O poema “Os Sapos” de Manoel Bandeira recitado na abertura do evento foi duramente vaiado e criticado. A programação musical contou com composições de Villa-Lobos e outros.
COMISSÃO ORGANIZADORA DA SEMANA DE ARTE MODERNA

A Semana da Arte Moderna de 1922 tinha como uma das grandes aspirações renovar o ambiente artístico e cultural do país, produzindo uma arte brasileira afinada com as tendências vanguardistas europeias, sem, contudo, perder o caráter nacional; para isso contou com a participação de escritores, artistas plásticos, músicos, entre outros. Analise as sequências que reúnam as proposições corretas em relação à Semana da Arte Moderna.

A exposição da artista plástica Anita Malfatti representou um marco para o modernismo brasileiro; suas obras apresentavam tendências vanguardistas europeias, o que de certa forma chocou grande parte do público; foi criticada pela corrente conservadora, mas despertou os jovens para a renovação da arte brasileira.

O escritor Graça Aranha foi quem abriu o evento com a sua conferência inaugural "A emoção estética na Arte Moderna"; em seguida, apresentou suas obras Paulicéia desvairada e Amar, verbo intransitivo.
O FAROL - ANITA MALFATTI

Ainda que pouco aceito pela elite conservadora de São Paulo e recebendo inúmeras críticas a Semana de Arte Moderna configurou-se como um episódio cultural fundamental para a compreensão do desenvolvimento da arte moderna no Brasil. No entanto as ideias inovadoras que o evento propunha só foram adquirir real importância ao longo do tempo, ampliando-se por meio de revistas como Klaxon e a Revista Antropofagia e alguns movimentos como o Movimento Pau-Brasil, Movimento Verde-Amarelo e o Movimento Antropofágico.
O MAMOEIRO 

 O mamoeiro - TARSILA DO AMARAL

 Em junho de 1922 regressava a São Paulo a pintora Tarsila do Amaral, depois de uma estada em Paris de mais de dois anos estudando pintura. Filha de um rico fazendeiro de café, Tarsila tinha trinta e cinco anos, uma filha e era separada do primeiro marido. Apesar de sua estada na França, a pintura de Tarsila estava nesse momento distante das vanguardas europeias. Logo ela conhecerá e ficará próxima de Oswald e Mário de Andrade.

Em dezembro de 1922 Tarsila retornou a Paris para mais uma temporada. Contudo, desta vez ela irá estudar com pintores que participavam dos movimentos estéticos de vanguarda, como os cubistas André Lothe e Fernand Léger.

Cerca de um ano mais tarde, em dezembro de 1923, ela voltava novamente para São Paulo, mas agora era uma pintora engajada na arte moderna. Numa entrevista ao jornal Correio da Manhã ela declarava sua adesão ao cubismo e afirmava: “O século XX procura nas artes a expressão que corresponde às descobertas cientificas e ao tumulto das grandes cidades modernas”.



Referências:
SEMANA de Arte Moderna (1922 : São Paulo, SP). In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento84382/semana-de-arte-moderna-1922-sao-paulo-sp . Acesso em: 01 de Abr. 2018.
CHILVERS, Ian (org.). Dicionário Oxford de arte. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 584 p.





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